domingo, 13 de janeiro de 2013

Exercitando o desapego

 Começando a faxina geral pelos pertences velhos, pelas roupas, livros. Dá uma “dorzinha” pelos livros que irão, mas tem a alegria de saber que outras pessoas terão emoções e viagens fantásticas com eles, e a doação é sempre uma bênção. O certo é que livros circulem, que alcancem o máximo possível de leitores, mas sou um pouco egoísta, reconheço, quando se trata dos meus livros. Alguns (poucos) ficaram, não consigo ainda sem eles. Mas a vida é isso. Há muito deveria ter tomado a decisão, mas somente sexta feira, 11/01 no “Café Escada” do Cinema da Livraria Cultura, saboreando um expresso com Dostoiévski (é verdade, olha a foto lá embaixo!) decidi que para mudar é preciso o desprendimento total, absoluto, a começar por objetos, seguido de situações, sentimentos, pessoas. A vida não anuncia o destino abertamente, sou eu a responsável, sou eu a tomar as decisões e cansei de ficar na arquibancada vendo a vida passar. Quero fazer parte disso, quero viver, viver de verdade, intensamente, profundamente, e não, parafraseando Thoreau “... ao morrer descobrir que não vivi”. Descobri a tempo, se ainda houver tempo. É realmente isso, Psicanálise é uma construção! Que chegue logo a quarta-feira. (.)
 
“Nós nunca descobriremos o que vem depois da escolha, se não tomarmos uma decisão. Por isso, entenda os seus medos, mas jamais deixe que eles sufoquem seus sonhos.” (Alice no País das Maravilhas)

 

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