Quem mais sabe de mim
É o espelho do meu camarim
Ele tem o estranho poder de me ver
De me conhecer, de me refletir, de me envolver
De me tomar como sua.
Quando estou perdida
De me deixar sempre nua.
Mesmo quando vestida
De me tomar de assalto
Mesmo que eu resista
De me empurrar para o palco
Me mandar ser artista
Tem o estranho poder de verter
Água tão cristalina
Onde sempre me molho
Tem o estranho poder de me ver
Quase sempre menina
Com os meus próprios olhos
Com os meus próprios olhos...